quinta-feira, 8 de julho de 2010

Conto: A Floresta da Perdição

Havia ao leste da Grande Capital, nas terras de Makrot, junto a Grande Montanha dos Gelos Eternos, uma imensa floresta, amaldiçoada desde tempos ermos, nos quais nem as mais antigas histórias lembram. Ali foi morar, muito antes das guerras da dominação, e pouco depois do nascimento do Rio Eterno, um ser da mais pura frieza que jamais poderia existir: Luka, o Lich. Contam as velhas fábulas que foi o primeiro de todos, que foi o primeiro, e único, a pesquisar e desbravar terrenos sombrios, em busca da imortalidade. E através de muito sofrimento às vitimas, todas humanas, ele conseguiu descobrir a origem da alma, e com ela, todos os misteriosos e tortuosos caminhos que Ele criou. E com algum sacrifício, descobriu a “arte” mais negra das trevas: Selamento da Alma.
Os segredos envoltos dessa terrível magia negra só são conhecidos por poucos, quase todos Lichs, ou magos anti-trevas, mas há um livro, escrito por um Paladino, de nome desconhecido, que cruzou o lar de Luka, o Lich, lá ficou perdido por dez anos, e levou mais cinco para conseguir escapar, não ileso, tanto fisicamente como psicologicamente, foi o primeiro que conseguir esse feito. E lá, durante esses anos escreveu um diário, que virou base para o Livro Negro da Perdição.



Esse livro nunca foi publicado, a original já não existe mais, mas trezentos anos após ela ter sido concluída, durante a Investida Contra a Perdição, o livro foi descoberto por Filipe XI, filho de Eduardo III, quem liderava a Investida, antes de morrer em batalha e seu filho lhe substituir. Naquela descoberta, o livro estava aos trapos, guardado numa oculta prateleira da Biblioteca da Capital; e com ajuda do mago e lingüista Ikaru, foi feita uma cópia, a mais fiel possível, pois havia seções em que nada mais dava para ler, entre elas, a conclusão dos segredos do Selamento da Alma.
E foi com essa cópia, que Filipe XI, quando assumiu o comando da Investida, quase virou a batalha, mas devido às partes perdidas da versão original, não souberam coisas importantes, e com isso, após vinte anos de batalha, eles perderam. A nova cópia do Livro Negro da Perdição, junto com XX Anexos de Perdição, foram guardadas da Galeria dos Inomináveis. Onde ficou por quase dois mil anos. Os poucos que voltaram da Floresta da Perdição tiveram seus nomes guardados no monumento Heróis Vencidos, localizado na cidade de Galeia.

Nossa história começa quando se dá o inicio da Jornada Contra Perdição, foi criado um Conselho das Cinzas, devido ao fato do conselho não ser formado apenas de Paladinos ou Magos Brancos, como na Investida Contra Perdição. Desta vez, foram chamados, voluntariando-se, todos os seres e tipos, liderados pela Tríplice: Urg, o Paladino Negro; Eduardo LI, o Rei dos Reis, e Yulvathan, O Mago. Para aqueles incautos que não sabem quem são os Grandes Heróis da X Era:

Yulvathan, O Mago, foi o ser detentor de magia que mais se aprofundou nos conhecimentos da arte negra, apesar disso, ele era membro permanente da Câmara da Luz, Ordem Secreta dos magos, que combatem as Forças das Trevas. Um mago excepcional, contudo, mais tarde nos registros históricos sua fama tenha se transformado, mas isso é outra história.
Eduardo LI, o Rei dos Reis, foi assim coroado depois da Batalha dos Reis, onde o vencedor se tornaria Rei dos Reis. Pois nessa época o mundo era dominado por diversos reinos, e após décadas de guerra por territórios e poder, com o povo exausto, frentes fracas e dinheiro escasso, resolveu-se criar uma Ordem dos Reis, onde um guiaria os demais para uma época de paz. Rei Eduardo, era o quarto Rei dos Reis.
Urg, o Paladino Negro, fora um honrado defensor da justiça, foi convidado a fazer parte da renomada Ordem da Justiça e da Paz por duas vezes, recusou ambas. Contudo em uma batalha contra os Espectros do Túmulo Sul, ele foi traído pelo seu Rei, e ficou sozinho naquela luta. Dado como morto. Ele reapareceu cinco anos mais tarde, trajando negro, como luto eterno. Não se sabe como, mas tinha adquirido poderes sobrenaturais, comandava uma legião de Espectros e seres do Outro Lado. Combateu Reis próximos ao Túmulo Sul, sem nunca ter perdido. Apesar disso, manteve sua honra. Um valioso aliado nessa época conturbada.

Era a última semana de primavera, quando os dias começam a ficar mais longos, do ano de 1879, da X Era. Há quatro anos que a Floresta da Perdição estava ampliando suas fronteiras, novamente. Muitas criaturas que lá viviam estavam saindo de seu recanto, e dilacerando terras próximas. A última vez que a floresta havia ampliado suas fronteiras, eles arrasaram três reinos em quinze anos, mas isso foi há muito tempo. Apesar disso, ainda havia um caminho, longo e difícil, que levava à Montanha do Gelo Eterno, nascente do Rio Eterno, parte da montanha era dominado pela floresta, mas apenas um lado, o outro era um deserto, as nuvens nunca chegavam lá, e não há noticias de qualquer sinal de água. Eles precisavam agir rápido, tentar descobrir a extensão da Floresta, e algum sinal da moradia de Luka, o Lich.
Yulvathan, que teve acesso à Galeria dos Inomináveis, pôde estudar os segredos que envolviam a Floresta da Perdição, entre outras obras que não eram do interesse da batalha em vista, mas que eram importantes ao mago. Nesses meses de estudo, ele descobriu que as criaturas que lá viviam eram criações do próprio Luka, inclusive as plantas, e tudo tinha conexão com ele. Nada podia entrar ou sair da Floresta sem que ele soubesse. Mas algo o intrigava, não estava escrito em nenhum lugar, mas era sabido, pela obra em sua frente, que o tal paladino que a escreveu, conseguiu entrar, viver e sair da Floresta, num tempo de 15 anos. A Obra era incompleta, e talvez, a falta dessa parte em especial, foi o que causou a derrota da Invasão. Ele tinha que descobrir o que fazer para passar incólume pela Floresta, até a Toca de Luka. Sim, pois estava claro pelo livro, que Luka vivia numa toca, encavada ao pé da montanha, bem ao centro da floresta, no livro descrita como a Zona da Chuva Incessante. Entrar na chuva era se denunciar ao inimigo. O autor do livro jamais ultrapassava a linha, não entrava na chuva. Mas eles precisavam. Contudo antes, teriam que descobrir onde estaria a filactéria dele, ou seja, onde sua alma estaria aprisionada. E isso era um mistério milenar. Não havia nada de sua história que pudesse ajudar. E o mundo era grande demais para se procurar. Teriam que conter o seu corpo. Mas com o imenso poder mágico que o Lich tinha isso seria muito difícil.

O grupo que havia se dirigido para a montanha, não passou nenhum problema na viagem, apesar de ter levado mais tempo do previsto, era para ter durado três meses, e eles chegaram após cinco meses. Famintos e sedentos chegaram até um antigo forte que guarnecia o lado norte da montanha, lá acamparam e realizaram as medições; Usando pássaros, enviaram todas as descobertas para o Conselho Cinza. Desciam até a borda norte para caçar. A Sede era saciada com o gelo capturado.
Das noticias que chegaram do Leste, é que era impossível chegar até a floresta pelo lado oeste da montanha, pelo sul, o caminho era cortado pelo Rio, sobrava pelo norte, ou diretamente, que não fazia muita diferença, apenas três milhas de floresta densa, mas pelo norte eles ainda teriam que atravessar o caminho pela floresta, que se desviava muito do centro. Ficou decidido que iriam direto.
Todavia ainda existia o contratempo da extensão da Floresta, e essa, era impensável, segundo cálculos, imprecisos, mas aproximados, a área era de dez milhões de quilômetros quadrados, espalhados de uma forma semi-elíptica diante da montanha. Tentar achar um caminho por entre as árvores não seria nada fácil. Mas ficou decidido, que iriam abrir uma imensa estrada entre a Floresta até Luka.
Eles tinham a disposição, milhares de voluntários, mais a incrível armada de Urg. Segundo os planos, abririam uma estrada grande o suficiente que coubessem cinco carroças de mantimentos lado a lado. E ateariam fogo no resto da floresta. Acabariam com o lar de Luka.

Contudo, nossa história será focada numa história pouco conhecida, afinal, todos devem conhecer essa história pelas aulas de ensino básico, onde os três heróis e seu grupo conseguiram, depois de sete longos anos, acabar com quase toda a floresta, e matando, pela primeira vez, Luka, o Lich. Nossa história será mais profunda, contando detalhes jamais espalhados, pois há o receio de que isso reduza a fama e honra dos quatro principais reinos. Mas seria uma afronta a verdade, jamais mencionar Lysindrel, a Matadora de Lich. Apesar de seu nome ser mencionada apenas em três relatos históricos, há um registro na Câmara da Luz de todos os Matadores, e sua especialidade. E como poucos possuem acesso a esse material, vale apenas ressaltar que Lysindrel matou ao menos cento e vinte e dois Lichs.

Já estava no segundo ano da Jornada Contra Perdição, as coisas na Floresta não estavam nada boas pro lado do Conselho, quando Lysindrel atingiu idade adulta. Criada pelos pais de vida simples, e que queriam ter tido um filho, educaram-na como um garoto. O pai nunca a deixou de educar de forma bruta, trabalhando sempre duro, e ensinando-a, conforme sabia, as parcas artes de batalha que conhecia. Nesse ano, ela foi obrigada, pelo pai, a alistar-se como voluntária à Armada do Rei, onde passaria os próximos meses em intenso treinamento. Seis meses mais tarde, já uma mulher lapidada para a guerra, partiu em marcha para a morte.
Contudo, os tempos de treinamento não foram suaves, foram mais rígidos que a convivência com seu pai, ainda somado ao fato de que era uma mulher; o que era sem precedentes, mas como estavam em guerra, em crise, e perdendo, não negaram o voluntarismo. Mas tentaram fazê-la desistir. O ápice, foi quando dois dos colegas de treinamento, durante a noite, se esgueiraram para o dormitório dela, e tentaram abusá-la. Para o azar deles, ela não sabia dormir sem uma faca junto ao punho, matou-os sem piedade em pouco mais de um minuto. Totalmente perplexos, o resto do batalhão aprendeu a respeitá-la.
Chegando ao campo de batalha, Lysindrel mostrou seu valor para batalhas com múltiplos inimigos, trajando um uniforme preparado sob medida, toda de ferro, propositalmente, com espinhos nos protetores das mãos e canelas. Sua força já trabalhada e sua nata habilidade de golpes velozes, apesar do imenso peso, ajudaram muito os colegas de embate contra a horda de criaturas vis, grandes e ferozes. Algumas pequenas e peçonhentas. Todas sendo abatidas com ferocidade jamais encontrada antes, Lysindrel usava eles como repúdio ao seu pai. Algumas daquelas feras haviam tomado pavor dos seus olhos, frios como gelo na noite, e seu olhar, severo e impiedoso, como o do próprio Luka.
Com um ano, aproximadamente, de intensas batalhas e vitórias frente ao interminável exercito da Perdição, com uma imensa sombra começando a abrigá-los, Lysindrel ficou bem notada junto aos lideres da Jornada. Temendo serem mal vistos, aos olhos do povo, apesar da indiscutível ajuda que ela tem prestado; uma mulher em campo de batalha não era uma coisa de se orgulhar, jamais foi bem visto. Em um encontro entre os lideres Generais do Rei dos Reis, ficou acertado que “ela tinha que evoluir”, ou seja, deram-na a chance de escolher o seu contingente, de cinco pessoas, e fazer uma investida furtiva até a cova do inimigo. Esperavam que com isso, ela não atrapalhasse mais o já mal visto exercito do Rei Eduardo LI.
Ela escolheu seus aliados de maior confiança, que estavam aprendendo com ela o seu método de lutar. Puderam descansar por uma semana, onde aproveitaram para consertar suas armaduras e armas, antes da sombria missão. Trajados de manta negra, viajando sempre à noite, evitando encontrar algumas feras que eram, agora, sabidas serem sensíveis a movimentos. Foram eles que descobriram, agora que estavam sozinhos, e longe da zoeira do campo de batalha; como foi que aconteceu o tal rumor sobre alguém que havia, ali, vivido; afinal, os lideres da Jornada não contavam tudo o que sabiam apenas o necessário.
Lysindrel e seu grupo sabiam que tudo na floresta era criação de Luka, e, portanto, tudo que ali estivesse, seja planta ou animal, estava conectado com ele. Todavia, eles descobriram que não era exatamente assim, quanto aos animais eles ainda não sabiam, mas as árvores emanavam uma pequena aura estranha, que dava a sensação de estarem sendo vigiados, que duravam poucos segundos, e desaparecia. Seguia adiante, como que fazendo uma varredura. Nessas horas era apenas se espalharem nas raízes das árvores, durante o dia, ou simplesmente ficarem imóveis à noite. Pois assim eles não eram descobertos, e evitavam qualquer animal ou ser que passasse por eles. Sempre vigilantes.
Viram-se encurralados na Floresta, pois era muito difícil se localizar, mal dava para enxergar o céu, havia dias que nem sabiam se era dia ou noite. E quanto mais se aproximavam da zona da Chuva Incessante, o frio vinha junto, sentiam que até seus ossos tremiam. Facilmente se perderam, após oito meses. Estavam tentando se encontrar, e achar um meio de chegar até a cova. Sabiam que eram os primeiros, e na verdade os únicos, que entraram na Chuva Incessante e sobreviveram.

Passou-se três anos e meio, aproximadamente, e dos aliados de Lysindrel, apenas um sobreviveu até aqui, Fiorn, que mais tarde veio a ser conhecido como Treme-Terra, que todos vocês já devem conhecer. Para não deixar rastros de suas existências para os olhos de Luka, eles canibalizaram seu amigo falecido, e levavam consigo a armadura e as roupas. Nesse tempo eles aprenderam a se localizar na Floresta, e com isso, aumentou absurdamente os perigos; a vigilância do Lich agora era quase constante, já que o Exercito da Jornada tinha alcançado a borda da Chuva Incessante. Mal sabiam eles quantas coisas ainda teriam que enfrentar.
Ao final do inverno daquele ano, eles enfim tinham encontrado a cova, e como em todo o lugar, que era mágica, a entrada da toca não chovia. Contudo, emanava uma luz violeta. Combinaram, Lysindrel e Fiorn, que ambos iriam atacar juntos, cada um na sua principal habilidade. Fiorn, com sua força bruta, e Lysindrel, que apesar de ser bastante forte, era muito mais ágil. Velocidade e Força.
Fiorn foi à frente, deixando quase toda a armadura para trás, levando consigo apenas as braceleiras. E fazendo grande estardalhaço, as feras que faziam prontidão junto à entrada, tiveram seus crânios quebrados a cada soco dele. Sem o grande peso, seus músculos podiam ser usados ao máximo. Descobriram, mais tarde, que havia uma falha na grandiosidade da Floresta, o Lich precisava ficar totalmente concentrado para poder “ver” pela Floresta. Logo, não sabia do acontecido em sua morada. Lysindrel, habilidosa em furtividade, se esgueirava em meio à cova, e encontrava o inimigo vindo, informando Fiorn com sinais, que os matava. Muito sangue e partes ficavam para trás. Tingido de vermelho, Fiorn acumulou muitos cadáveres aos seus pés. Ficaram vasculhando os túneis por cerca de cinco horas, já exaustos, alcançaram um local, que parecia um palácio, com tapetes violetas, em toda a volta, e muita prata lustrosa, iluminada por algumas velas enormes que iam indicando o caminho, tinham a sensação de estarem em um imenso palácio. Ao passarem por algumas salas, ouviram, meio de longe, um som de resmungo, numa sala meio fechada, escura, de onde provinha uma iluminação verde. Dentro estava o inimigo, sem esperar Fiorn saltou com grande força para cima de Luka, que estava de olhos fechados, em frente a uma vasilha, de onde vinha uma luz verde, fraca. Mas quando seu braço estava a poucos centímetros da cabeça do Lich, ela estancou, como se tivesse congelado, um pavoroso raio saiu da ponta dos dedos de Fiorn, e tomou conta de todo seu corpo, nessa hora, Luka saiu de seu transe, olhando bem para aquele grandioso guerreiro, contorcendo-se ao seu lado, e emitiu um olhar de pavor. Jamais alguém conseguira chegar perto de seus domínios, ficou pensando onde havia falhado, nessas últimas semanas ficou vasculhando toda a Floresta próxima, nada escapava de seus olhos. Essa divagação foi o tempo necessário para que Lysindrel entrasse na sala, e com uma espada curta, decepou uma mão de Luka, impedindo de usar alguma magia, e com sua adega, transpassou o fino fio pelo pescoço de Luka, diversas vezes. A única coisa que sobrou foram aqueles olhos esbugalhados, que tremeram por uns segundos, e tornaram-se pretos. Nesse momento, todo o corpo de Luka tremeu e virou madeira podre, e por fim, esfarelou-se e uma densa fumaça verde-escura saiu de onde eram os olhos, ela achou ter escutado um grito de dor, bem ao longe.
Em minutos toda a Floresta pareceu sentir a morte de seu mestre. As nuvens começaram a dissipar-se, abrindo o sol pela primeira vez, em séculos. As árvores começaram a morrer, e esfarelar-se como Luka. Os seres ali criados, como que por amnésia, pararam e perderam-se. Não sabiam quem eram ou o que faziam. Sentiram medo e fugiram. O ar impregnado de maldade estava evaporando, como uma bruma ao raiar do sol da manhã.

Os lideres da Jornada, junto com alguns homens de confiança, sentiram o lugar mudar, e rapidamente foram até o centro, correndo, apurar o que mudava. E após meio dia de investida adentro da floresta, sem ninguém para impedi-los, chegaram até a toca, e lá encontraram aqueles dois, aos farrapos, tendo sua primeira refeição descente; e ficaram sabendo de toda a história.

Espantados com a notícia de que uma mulher havia livrado-os do seu maior temor. Em conselho, sabiam que essa não poderia jamais ser uma história a ser contada. Responsabilizaram a morte de Luka, o Lich, ao Guerreiro Fiorn; e tornaram Lysindrel uma Renegada Sem Reino. Desmoralizaram-na, espalhando que ela era espiã do inimigo, e por isso a dificuldade de abatê-lo.
Lysindrel, mesmo muito ofendida, e apesar dos protestos de Fiorn, ela decidiu que assim era melhor. E que não precisava mais responder por ninguém. Poderia ver-se livre de todo o seu passado. Fiorn, e futuramente seu pequeno grupo de guerreiros, ajudaram-na contra alguns Lich. Secretamente.
Com o tempo, e a liberdade, ela aprofundou seus conhecimentos nos Lich, absorvendo cada detalhe. Na historia do mundo, não há quem soubesse mais sobre eles que ela. Apesar disso, sabia que uma hora mais cedo ou mais tarde, reencontraria Luka, e não sabia nada sobre ele, por ser muito velho.

O último Lich que Lysindrel matou, foi justamente a cria de Luka. Quando ficou sabendo que ele havia reconstruído um novo corpo para si. E em sua última batalha, ela perdeu. Uma morte lenta, disse Luka mais tarde que foi uma tortura que levou treze anos. Mas antes de ser pega, ela deixou para a prosperidade um nome, que mais de dois mil anos mais tarde, levaria a morte verdadeira de Luka, o Lich: Freanthorian.

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