terça-feira, 11 de março de 2008

...

Sinto cheiro, meus pulmões não reclamam, e mesmo assim seu que falta algo nesse ar para que eu possa respirar.

Morro nessa ilusória solidão, falta me algo nessa vida, para que eu possa viver.

Sinto frio, sinto calor, mas não sinto nada, me falta um pequeno, que seja breve incentivo para que minhas mãos voltem a ser sensíveis.

Não quero te conhecer. Eu preciso te conhecer! Minha vida toda depende disso. Sinto tua falta, e nem sequer te conheço, nunca te vi, nunca te ouvi, nunca te toquei. E mesmo assim sinto a tua falta.

Você nem sabe que eu existo, nem sei se você é real, poderemos ser simples farsas em planos comuns, e mesmo assim sofro disritmia toda vez que vejo letras formando o teu nome.

Em minha mente és nada menos que uma Deusa, na vida nem sei se o és, e mesmo assim atormentas minhas noites de insônia.

Oro tanto a Morfeu para que ele me leve logo, não suporto mais essas agonias de desejos simples de te conhecer, de te ouvir, de te tocar, te beijar, nem que para isso minha vida seja o custo que terei de pagar. Pago tudo, por um único segundo.

Morro...

Tentei esquecer-te, outras eu achei amar, o toque é áspero, o beijo é amargo, a voz é inaudível o rosto é apenas mais um...

Porque me atormentas? Que te fiz? Que feitiço ou magia fizestes? Porque?

Todos já me chamam de louco, realmente estou abalado, nada me cura. Virei um ninguém, maldita hora em que não te conheci.

Morro...

Já nem valo a ponta quebrada de um grafite. Minha hora está chegando, sei disso, eu presinto. Tenho orado tanto por essa hora. Mas sinto medo de ter que ficar vagando pela solidão eterna pra te encontrar, depois da morte que me está por vir.

Sei que ninguém acredita em um louco que se apaixona por quem não sabe se existe.

Chame-me de louco desprovido de razão! Pois sei que só preciso de uma coisa para recuperar toda a minha sanidade. Só sentir teu cheiro já me basta. Pois também sei que gostas de outro. Um dia quem sabe... antes da minha morte... eu venha a conhecer a pessoa que transformou todas em outras.

Agora já nem quero te ver para que eu possa viver, quero te ver para que possa morrer mesmo. Pois a vida já não me é agradável, quero conhecer a garota que transformou minha vida em um oceano de solidão, um mar de torturas, sei que peço muito, mas também peço pouco

Pois agora eu sei que...

Morri!

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