domingo, 16 de novembro de 2008

Escrever...

Parado, sentado ou deitado, de olhos fechados, uma cena se desenrola nas palpebras, mil coisas num segundo. Pessoas, falas, fatos, romances, mistérios, alegrias... tudo para uma história só sua. Uma habilidade humana é justamente imaginar, uma habilidade única e tridimensional. Fascinante. O que dá a poucos o grande diferencial é transpassar essas imagens lindas para o papel. De uma forma que a pessoa que o ler possa ver, sentir, cheirar, temer e chorar, nas mesmas intensidades e forças que na história, e há aquele autor que de tão extraordinário consegue até levar a música aos ouvidos alheios apenas com palavras.

Eu há muito tentei desenvolver uma história fascinante e intrigante. Mas infelismente, como para muitos, passar os sonhos para os riscos de uma folha de caderno é uma transição intransponível. Como a mim, consigo contar um fato, sucinto, mas os detalhes artisticos são demais, consigo dizer que a flor que hipnotiza minha alma é alva, de caules verdes e tocaveis como o veludo, a pétala é suave, como a pele da mulher, acaricia, fascina. Seu cheiro, ah... seu perfume não é copiável. É unico, e brando. Faz faltar o ar, aspira-se o vento, ao longe de sua beleza, para que não se gaste logo, invade o ambiente, mesmo em campo aberto. Faz com que os sonhos voem bem longe do corpo, faz a alma ir vizitar o Santuário. Seu nome, diversificado em tantos lugares, na minha boca só há um, jasmin...

Assim posso transcrever o sentimento que a mim afeta o jasmin, mas transcrever a dor, o medo, o tesão, ou a apatia, é dificil, pois para mim é preciso estar sentindo a fragancia do sentimento, saboreá-lo com calma, fazer com que cada poro da pele trema a sua presença, para então fazer com que os dedos digitem. É difícil, mas deslumbrante quando concluido, após, é só reler para resentir todo o sentimento...


Há também as formas de escrita como a poesia e o poema, estas das quais não sou muito apto, haja visto que só consigo fazê-las quando elevo meu intelecto para a completa isolação, geralmente quando caminho longamente, ou tranco-me em meu quarto namorando a solidão, nestes momentos profundos, meu infimo escreve por mim. Desorganizadamente, porém, artistico.

2 comentários:

Viviane disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Viviane disse...

Bah...teu blog é tudo de bom! Amei essa postagem.