sexta-feira, 17 de junho de 2011

Arte de Pintar e Desenhar

Neste post, falarei um pouco sobre a minha trajetória no universo do desenho e pintura.

Eu sempre gostei de rabiscar, tanto que certa vez, quando houve um curso de desenho e pintura aqui na cidade, minha mãe me colocou no curso. Apefeiçoei a arte, mas o curso era principalmente voltado para a observação, isso é, captar as curvas e cores de um objeto, e refazê-lo no papel. Era tri legal. Eu tentava desenhar de tudo! Quando começamos a pintar, a professora nos disse (e eu já sabia) que há diversos metodos de pintura, cada uma com suas peculiaridades, mas o importante, era conhecer bem a sua ferramente de arte, de forma unir as diversas cores para que transmita uma harmonia agradável à pessoa que for vê-la mais tarde. Nós usavamos o giz pastel seco. Que é parecido com o giz-de-cera, só que suas cores eram mais suaves, e sua consistência era mais frágil que de um giz de quadro. E não era grudento que nem o giz-de-cera, pelo contrário, e isso ajudava muito na hora de misturar as tonalidades.


Esses gizes, era extremamente caros, tanto, que comprei em conjunto com um colega (curiosidade, no final do curso, pegamos todos os gizes, e cortamos literalmente pela metade, inclusive a caixinha dos gizes.), revezávamos a caixinha, no inicio apenas paisagens com cores mais básicas, e cada vez mais, aprovundando o nível de tons, cores e misturas. Se não me engano, o ápice da dificuldade, foi um quadro em que era uma pequeno córrego fluvial, cercado de floresta, no outono. Cara, é lindo. Mas de uma coleção de cores espetáculares, não consegui fazer a "cópia" com perfeição, mas ficou bonito.

Outra coisa que a professora havia ensinado, era passar um determinado tipo de verniz para quadros. Era em formato de spray, mas gastava muito, pois tinha que passar umas três vezes. Vim a usar o tal verniz anos mais tarde, e só usei umas duas ou três vezes, era meio caro. E como não pretendia fazer nada com meus quadros, eu deixava-os assim como havia feito.

Para desenhar, é preciso cuidar da forma dos objetos em cena, aprender a perpendicularidade, e principalmente os efeitos de luz e sombra. Não sei se é por esses conceitos que nossa professora nos passava (pois ela em sí não era muito exigente), que eu acabei gostando de artes realistas, gosto muito de Iman Maleki e William Bouguereau. Podem às vezes desenhar algo meio ficticio, mas a realidade da obra é impressionante. DETESTO CUBISTAS E AFINS!! Por isso, eu sempre fui extremamente auto-crítico com as coisas que desenho. Outra coisa, eu sempre tive problemas para desenhar em papeis grandes, muita coisa para ser preenchido, uma folha de A4 (verge ou canson) era o meu favorito. Tinha vários blocos desses. E quase sempre desenhando em preto e branco, era mais fácil de se transmitir a obra final, e de finalizá-la também.

Desenhava muito no Ensino Médio e pouco depois, recorria à essa arte para fugir da minha solidão, do desprezo que eu sentia do mundo para comigo, de pensamentos impensáveis. Eu era um jovem triste, que afogava seus sentimentos na arte de desenhar.

Depois que saí do Médio, época de vestibulares (tá, eu só fiz dois), eu acabei por adicionar a arte da escrita, que era muito mais direta. Mas raramente eu mantinha os rabiscos mais íntimos, escrevia-os, lia-os, e queimava-os.

Mais adiante na minha vida, quando comecei a usar o computador, no curso técnico de informática, eu cheguei a criar um pequeno blog, onde eu colocava essas palavras inenarráveis. Nunca divulguei-o. Mantive ele por até um tempo depois de começar a namorar com minha atual namorada. Quando abandonei ele, e não lembro mais nada sobre ele.


Quando comecei a namorar, já não havia mais necessidade de eu expor minha tristeza, pois já não a sentia mais, pelo contrário, eu estava feliz. Abandonei a arte de pintar e desenhar, escrevia praticamente mais nada. O Blog aquele, abandonei, e nunca mais entrei nele (hoje nem lembro qual era o servidor).

A última vez que pintei e desenhei sério, foi quando fiquei desempregado. Pensava que se fizesse umas pinturas bonitinhas, eu pudesse vender. Cheguei a fazer uns três quadros, mas achei-os feios (auto critica altíssima).

O quadro mais bonito que fiz, foi um navio submerso. Não tenho como mostrar como ele era, pois foi o presente que dei pra uma menina que gostava muito no Ensino Médio.

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