sábado, 18 de junho de 2011

Ciência x Religião

Inegável que esse é um assunto que causa brigas em muitos lugares. Mas pergunto, é possível ser um cientista (ou gostar da ciência) e ao mesmo tempo ser religioso (ou no mínimo crer em um ser superior)?

Eu digo que é possível sim, mas não é de forma alguma fácil. Nada impede que o religioso, veja na ciência apenas descobertas do homem de como foi o trabalho de Deus. Boa parte dos religiosos, no entanto, encaram isso como heresia.

Eu, assim como os lóbulos de meu cérebro, sou parte religioso, parte científico. Ambas convivem bem, até certos momentos. Um desses, é o debate sobre a alma.

Se existe de fato uma alma, então nós temos diversas vidas, de forma a equilibrar nossas ações, e evoluirmos (como num jogo de RPG), até chegarmos num determinado nível, e mudarmos de classe. Contudo, se não existe alma, então não existe Deus, e toda a lenga-lenga só serviu para atravancarmos nossa vida, e não aproveitá-la como merece ser aproveitada.
Ainda nesse tópico, alma é uma coisa que existe em todo ser vivo, afinal, não dá pra pensar que o homem possui uma alma, mas o animal que alí corre ou a planta que lá floresce, não possua. Nesse sentido, a alma é um grande RPG, que demora séculos para se evoluir.

Outro ponto que meus lóbulos entram em debate: Criação.
Bom, sabemos que houve uma absurda explosão para gerar todo o cosmo conhecido hoje. Mas a pergunta é, de onde surgiu todas essas particulas?
Há duas teorias aqui, uma científica, que no final acaba chegando sempre no mesmo ponto, e a religiosa, que a principio responde, mas faz surgir uma nova pergunta. Bom, do ponto de vista científico, há um momento do cosmo, em que a expansão cessa, e as gravidades reaproximam tudo novamente, formando um gigantesco buraco-negro. E quando ele estiver novamente com todo o cosmos numa coisa só, a pressão e temperatura estarão tão extraordináriamente altos, que acaba explodindo, reiniciando o ciclo de vida cósmico. Se assim pensarmos, voltaremos infinitamente para o passado, sem nunca chegar ao momento ZERO, àquele que foi a primeira vez. Nisso os religiosos podem complementar com muito orgulho: Esse momento é obra divina Dele, somente Deus poderia fazer isso. OK, combinamos nisso, mas agora... De onde vêm Deus?
Ou seja, questões existênciais nunca serão respondidas.
É como a grande resposta e a grande pergunta contidas no "Guia do Mochileiro das Galáxias", Ambas nunca poderão existir num mesmo universo.

Outra coisa que incomoda ambas as partes, é a tal das três Onis divinas. Aqui me abstenho de discutir, pois daria um post do tamanho de um livro! Mas apenas comentarei que, se ele é onipresente, ÓBVIO que ele também é onisciênte. E se ele é onipotente, ele OBVIAMENTE não é um ser divino "bom". Se ele é bom, então haverá uma contraparte tão potente quanto, mal. Assim sendo, tanto faz tu seres adorador da bondade ou da maldade, pois há um deus esperando por ti em ambos os lados.
Ou, pode ser que ele seja uma trindade, tal qual um átomo. Há o lado positivo (bom), o negativo (mal) e o neutro (razão). É assim que imagino o "Todo Poderoso". E que quando chega tua hora, tu és dividido em três, e quando todas as partes estiverem em harmonia, tu evolui.

Há muitas coisas que dividem opiniões entre cientístas e religiosos, a ponto de que tu só podes ser um cientista, se fores ateu. O que não deve ser encarado como uma regra, a pessoa pode se ater à ciência, mas ela não é fé, é conhecimento. E todo conhecimento sem fé, não te faz ir para frente, aliás, ficarás sempre estagnado.

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