sexta-feira, 27 de maio de 2011

Qualificação para o emprego

Pois é leitores, a evolução da espécie trouxe consigo muita tecnologia, e essa, a multiplicação de tarefas. Tanto, que existem dezenas de empregos diferentes, esperando alguém para ocupá-las. Isso quer dizer que, essa gama de especialidades, exigem de seu ocupador, domínio cada vez mais restrito ao seu pequeno universo, e praticamente nenhum conhecimento fora desse seu ramo. Aliás, até mesmo dentro de ramos, existem vertentes que se diferenciam, pouco ou muito, mas que pode tornar essas vertentes do mesmo ramo, se tornarem tão diferentes que pouco se conhece da outra.

Como dito, esses empregos exigem de seus ocupantes, conhecimento cada vez mais imerso sobre a mesma. Contudo, nesse nosso mundo real, a coisa não funciona dessa forma. As pessoas não gostam da idéia de se aplicar a uma única área, de se restringir a uma única coisa para todo o resto da vida. Dessa forma, o pessoal ou tenta se "especializar" em diversas áreas (o que convenhamos, acaba que não ficando boa coisa), apenas fica a par do supérfluo de muitas áreas, ou não procura nada em específico, e vai na cara e na coragem em todas as áreas.

O problema disso, principalmente dos dois últimos casos, é que muita gente acaba assumindo cargos que não são de sua competência, atrapalhando o sistema todo (desde um simples serviço, ao cliente e a empresa como um todo). E isso acontece de forma muito mais comum do que se possa imaginar. Um pouco, eu credito isso à demora que a pessoa, ainda quando estudante, em decidir o seu futuro, principalmente porque eles preferem gastar sua juventude com muitas festas regadas de futilidade sem consciência. E também ao sistema educacional, que não proporciona de forma coerente e esclarecedora as opções de carreira aos seus alunos.
Não apenas isso, mas uma série de situações e fatos, acabam formando profissionais desqualificados, e na falta de qualificados, as empresas se vêem obrigadas a aceitar mão-de-obra de baixa qualidade para poder dar, de uma forma ou de outra, continuidade aos seus serviços/produtos.

Quanto àquele primeiro tipo que expus, do profissional que tenta se especializar em diversas coisas ao mesmo tempo, não é de todo mal, pelo contrário, pode vir a calhar. O problema desse profissional está no fato de que não é qualquer um que pode se dar ao luxo de ser um multiprofissional. E dependendo da área de atuação, pode até ver a atrapalhar, ao invés de ajudar.
É o caso de um programador que resolve aprender diversas linguagens (C, C++, C#, Pearl, Ruby, Java, JavaScript, VB, Delphi, PHP...). Nessa área, é bom tu te aprofundares em mais de duas linguagens, mas o detalhe está se quiseres aprender dez (por exemplo), sendo que mal usas duas. Na hora de usar uma terceira pra valer, tu vai acabar confundindo comandos, estruturamento, eteceteras.
Mas serás de maior efetividade, se resolveres aprender duas linguagens, um editor de imagem, um de vídeo, um de áudio, gerenciamento de tarefas, e assim por diante. Ou seja, multiprofissional bom (ao meu ver) é aquele que consegue unir as diversas áreas de forma que se complementem, e não se atrapalhem.
Um outro exemplo, é de um advogado que assume trabalhar com diversas áreas do direito. Todo e qualquer aluno do direito que se preste, sabe que isso é uma utopia (ou sinal de um gênio que se perde no caminho da vida...).

Por isso, caros leitores, recomendo para que ensinem seus filhos os diversos caminhos a serem seguidos de carreira, façam-no ter certeza daquilo que almejam, para jamais ter que descobrir no meio do caminho, que pegou a estrada errada. Sejam todos bons profissionais!

Um comentário:

Yama disse...

Muito bem comentado esse texto meu querido, o mundo anda cheio de multiprofissionais que sabem um pouco de tudo e ao mesmo tempo um pouco de nada. Claro que alguns realmente conseguem chegar em um ponto de equilíbrio bacana, mas são raras as exceções.