terça-feira, 31 de maio de 2011

Ser aceito

Sabes quando eras criança, e querias fazer parte de algum grupo, tu fazias de tudo para ser aceito por ele. Temática muito abordada em filmes infanto-juvenis holiwoodianos. Pois é, eu quando criança, já fiz muito disso. Todavia, diferentemente de outras crianças, eu não ficava insistindo e insistindo, incomodando e apurrinhando até poder ser aceito, ou cansar. Tão logo o primeiro não... abaixava a cabeça, engolia uma ou outra lágrima, e me resignava. E sempre fui assim. Talvez a minha vida enquanto crescia como gente, tornou-me assim, uma pessoa conformista. Apesar de sempre fazer as pessoas a minha volta, jamais se deixar abater, jamais desistir, acho que eu mais o faço, é para imaginar como seria, se tivesse um amigo que lutasse comigo, sem precisar que eu chamasse.

Sabe quando tua garganta embolota, que não consegues nem respirar, e a tua única solução é isolar-te no teu canto, no escuro, no silêncio, ruminando aqueles sentimentos, como se fosse adiantar alguma coisa, talvez esperando que algo acontecesse...

Crescemos, amadurecemos, ganhamos experiência para mostrar aos mais jovens como proceder. Mas certas coisas sempre serão aprendidas na pele, e certas lições jamais serão esquecidas. Certos fracassos também não. Para esses, é o tempo o maior curandeiro, se ouver alguma forma de curar.

Solidão, negrume, lágrimas... Aguardam-te chegar, e consumir novamente todos aqueles momentos em que te culpas por nunca ter te revoltado, por ter te permitido fracassar. Voltam, para te ver cair, e te testar. Até quando?

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